quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Tudo que Você Queria Saber Sobre João Calvino mas os “reformados" NÃO Te Contaram

Tudo que Você Queria Saber Sobre João Calvino mas os “reformados" NÃO Te Contaram:


“Em março os Anabatistas foram banidos. Em Abril, sob a instigação de Calvino [uma inspeção casa a casa foi lançada] para garantir que os moradores de Genebra abraçaram a Confissão de Fé…Em 30 de Outubro houve uma tentativa de arrancar uma profissão de fé de todos os hesitantes. Finalmente, em 12 de Novembro, um edito foi emitido declarando que todos os recalcitrantes ‘[que] não desejavam jurar à Reforma foram ordenados deixar a cidade’…”.

Bernard Cottret, Calvin: A Biography (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans Publishing Company, 2000), 128-130.



A primeira tentativa de Calvino falhou. Boettner reconhece, “devido a tentativa de Calvino e Farel de forçar um sistema tão severo de disciplina em Genebra, tornou necessário para eles deixarem a cidade temporariamente”.

Loraine Boettner, The Reformed Doctrine of Predestination (Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1932), 408.



Stefan Zweig nos diz: Uma das mais memoráveis experiências de todos os tempos iniciou quando esse homem magro e severo entrou no portão Cornavian [de Genebra]. Um estado [a cidade-estado murada de Genebra] seria convertida em um mecanismo rígido. Almas inumeráveis, pessoas com incontáveis sentimentos e pensamentos, foram compactados em um sistema único e todo-abrangente. Essa foi a primeira tentativa [protestante] de fazer uma imposição na Europa…uma imposição uniforme sobre uma população inteira.

Com uma sistemática meticulosa, Calvino começou a trabalhar para a realização de seu plano de converter Genebra no primeiro Reino de Deus na terra. Era para ser uma comunidade sem corrupção, desordem, vícios ou pecados; devia ser a Nova Jerusalém, um centro de onde a salvação do mundo radiaria…toda a sua vida foi devotada a serviço dessa única ideia.

Stefan Zweig, Eden Paul and Cedar Paul, trans., The Right to Heresy (London: Cassel and Company, 1936), 57; Cited in Henry R. Pike, The Other of John Calvin (Head to Heart, n.d), 21-22.



Finalmente, em Fevereiro de 1555, os partidários de Calvino ganharam a maioria absoluta no Conselho. Em 16 de Maio houve uma tentativa de rebelião contra a atitude de Calvino de expulsar certos oficiais libertários civis da Ceia do Senhor.

Francois Wendel, Calvin: Origins and Development of His Religious Thought (Grand Rapids, MI: Baker Books, 1997), 98-101; Cottret, Calvin, 195-198.



Os líderes do motim que fugiram de Genebra para Bern foram sentenciados a morte à revelia. Quatro deles que não conseguiram escapar foram decaptados e esquartejados e partes de seus corpos foram pendurados em locais estratégicos como advertência.

Wendel, Calvin, 100; Cottret, Calvin, 198-200.



Evocando a frase “capangas de Satã” que ele usou anos antes contra os Anabatistas, Calvino justificou essa barbaridade: “Aqueles que não corrigem o mal quando podem fazer e seus ofícios requerem, são culpados”.

Cottret, Calvin, 200.



Desde o início em 1554 até sua morte em 1564, “ninguém mais ousava se opor ao reformador abertamente”.

RogetAmédée, L’égliseetl’État a Genèvedutemps de Calvin. Étuded’histoirepolirico-ecclésiastique(Geneva: J. Jullien, 1867).



Os oponentes de Calvino ou foram silenciados, expulsos ou fugiram para salvar as suas vidas. O “controle de Calvino da cidade continuou sem enfraquecer”. Ele estava determinado a fazer de Genebra a base para construir a Cidade de Deus de Agostinho em toda a parte. “Genebra tornou-se o simbolo e a encarnação de ‘outra’ Reforma…”.

Bernard Cottret, Calvin: A Biography, tr. M. Wallace McDonald (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans Publishing Company, 2000) 250.



Durant relata: Para regular a conduta leiga, um sistema de visitas domiciliares foi estabelecida… E os ocupantes foram questionados sobre todas as fases das suas vidas…a quantidade e as cores das roupas permitidas, o número de pratos permitidos em uma refeição foram especificados por lei. Jóias e rendas foram desaprovadas. Uma mulher foi presa por arranjar seu cabelo de uma maneira imoral…

Censura de imprensa foi usada e ampliada sobre os Católicos e precedentes seculares: livros…com tendências imorais foram banidos…falar desrespeitosamente de Calvino ou do clero era crime. A primeira violação dessas ordens era punida com uma advertência, violações posteriores com multas, persistir na violação com prisão ou banimento da cidade. Fornicação era punida com o exílio ou afogamento; adultério, blasfêmia ou idolatria com a morte…uma criança foi decapitada por agredir seus pais. Nos anos de 1558-1559 houve 414 processos por ofensas morais; entre 1542 e 1564 houve 76 banimentos e 58 execuções; a população de Genebra era na época de 20.000 pessoas.

Durant, Civilization, III: 474.



Calvino exerceu autoridade como o papado que ele desprezou. Além disso, ele criticou outros líderes protestantes por não fazer o mesmo:

Visto que os defensores do Papado são tão amargos, ousados na representação de suas superstições, que na sua fúria atroz eles derramam sangue de inocentes, isso deveria envergonhar os magistrados cristãos que na proteção da verdade autêntica, eles estão inteiramente destituídos do espírito.

George Park Fisher, The Reformation (New York: Scribner, Armstrong and Co., 1873), 224.



Calvino utilizou a força civil para impor suas doutrinas particulares sobre os cidadãos de Genebra e os forçar. Zweig, que se debruçou sobre os relatos oficiais do Conselho da Cidade para o dia de Calvino, nos diz, “dificilmente haverá um dia, nos relatos das definições do Conselho da Cidade, em que nós não encontramos o comentário ‘é melhor consultar o Mestre Calvino sobre isso’”.

Zweig, Eramus, 127. Calvin, 26.



Pike nos relembra que foi dada a Calvino uma “Cadeira do Consultor” em todos os encontros das autoridades da cidade e “quando ele estava doente as autoridades viriam a sua casa para as suas seções”.

Pike, John Calvin, 26.



Ao invés de diminuir com o tempo, o poder de Calvino somente cresceu. John McNeil, um calvinista, admite que “nos últimos anos de Calvino e sob sua influência, as leis de Genebra tornaram-se mais detalhadas e mais rigorosas”.

John T. McNeil, The History and Character of Calvinism (Oxford: Oxford University Press, 1966), 189.



Com controle ditatorial sobre a população (“ele governou como poucos soberanos fizeram”)

Williston Walker, John Calvin: The Organizer of

Reformed Protestantism (New York: Schocken Books, 1969), 259.



Calvino foi chamado de “O Papa Protestante” e “O Ditador Genebrino” que “toleraria em Genebra as opiniões de apenas uma pessoa, dele mesmo”.

Walker, Organizer, 107.



Calvino foi chamado de “O Papa Protestante” e “O Ditador Genebrino” que “toleraria em Genebra as opiniões de apenas uma pessoa, dele mesmo”.

Walker, Organizer, 107.



Concernente a adoção de uma confissão de fé em Genebra que foi feita obrigatória a todos os cidadãos, o historiador Phillip Schaff comenta:

Era uma incoerência flagrante que aqueles que tinham sacudido o jugo do papado como um fardo intolerável submeteria suas consciências e intelecto a um credo humano; em outras palavras, substituir o antigo papado romano por um papado moderno protestante.

Schaff, History, 8: 357.



Durant diz que “Calvino manteve o poder como a cabeça do seu consistório; de 1541até sua morte em 1564, sua voz foi a mais influente em Genebra”.

Durant, Civilization, VI: 473.



Vance nos lembra que: Calvino estava envolvido em cada aspecto imaginável da vida da cidade: regulamentos de segurança para proteger as crianças, leis contra o recrutamento dos mercenários, novas invenções, a introdução do fabrico de tecidos, e até mesmo dentistas. Ele era consultado não somente sobre todos os assuntos importantes do estado, mas sobre a supervisão dos mercados e a assistência aos pobres.

Vance, Other Side, 85.



A confissão de fé trazida por Calvino era obrigatória a todos os cidadãos. Era um crime a qualquer um discordar do papa Protestante. Durant comenta:

Todas as reivindicações dos papas para a supremacia da igreja sobre o estado foram renovadas por Calvino para a sua igreja…[Calvino] era tão rigoroso como qualquer papa em rejeitar um individualismo de crença; esse grande legislador do Protestantismo repudiou completamente esse princípio de julgamento pessoal com o que a nova religião começara…Em Genebra…aqueles…que não podiam aceitar isso teria que procurar outro lugar pra morar. Ausência persistente dos cultos protestantes [calvinista] ou uma recusa continuada a tomar a Eucaristia era uma ofensa punível.

A heresia tornou-se de novo…traição ao estado e era punido com a morte…Em um ano, sob o conselho do Consistório, 14 possíveis bruxas foram enviadas a estaca sob a acusação que elas persuadiram Satã a afligir Genebra com a praga.

Durant, Civilization, IV: 465.



forçou “unidade…por meio da participação comum nos Sacramentos…”.

Frend, Rise, 669.



Um médico chamado Jerome Bolsec ousou discordar com a doutrina da predestinação de Calvino. Ele foi preso por dizer que “aquele que colocar um decreto eterno em Deus pelo qual Ele ordenou alguns para a vida e o resto à morte faz de Deus um tirano…”.

The Register of the Company of Pastors of Geneva in the Time of Calvin, trans. And ed. Phillip E. Hughes (Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1966), 137-38; cited in Vance, Other Side, 84.



Bolsec foi preso e banido de Genebra com a advertência que se ele retornasse seria açoitado.

Schaff, History, 8:618.



John Troillet, um tabelião da cidade, criticou a visão de Calvino da predestinação por “fazer Deus o autor do pecado”.

G.R. Potter and M. Greengrass, John Calvin (New York: St. Martin’s Press, 1983), 92-93.



A corte decretou que “daí por diante, ninguém ousaria falar contra esse livro [Institutas] e suas doutrinas”.

Register of Geneva, Cited in Vance, Other Side, 201.


O poder de Calvino era tão grande que se opor a Calvino era equivalente a traição contra o estado. Um cidadão chamado Jacques Gruet foi preso sob a suspeita de ter colocado uma placa no púlpito de Calvino que dizia em parte, “Hipócrita grosseiro…! Após o povo ter sofrido tanto eles vingam-se a si mesmos…perceba que você não serviu como M. Verle [que foi morto]…”.

Schaff, History, 502.



Gruet foi torturado duas vezes diariamente de uma maneira similar ao que Romafazia, corretamente condenado pelos reformadores de aplicar tortura, que torturavam as suas vítimas nas inquisições daqueles que foram acusados de ousar discordar dos seus dogmas. O uso de torturas para “extrair” confissões foi aprovado por Calvino.

Fisher, Reformation, 222.



Após trinta dias de sofrimento severo, Gruet finalmente confessou – se verdadeiramente, ou em desespero para o fim das torturas, ninguém sabe. Em 16 de Julho de 1547, “meio morto, ele foi preso a estaca, seus pés foram pregados na estaca, e sua cabeça foi cortada”.

J.M. Robertson, Short History of Freethought(London, 1914), I: 443-44.



Em uma carta Calvino aconselhou a um amigo: “O Senhor nos testa de uma maneira surpreendente. Uma conspiração foi descoberta de homens e mulheres que por três anos se empenharam em espalhar a praga na cidade por meio da feitiçaria…Quinze mulheres já foram queimadas e os homens foram punidos ainda mais rigorosamente. Vinte e cinco desses criminosos ainda estão na prisão…Até agora Deus tem preservado a nossa casa”.

Cottret continua: “Calvino, portanto, compartilha em todos os aspectos, as fantasias de suas comitivas. Ele encontrou ocasião para exortar os seus contemporâneos a perseguir os feiticeiros a fim de ‘extirpar tal raça’…Um par desses capangas de Satã foram queimados no mês anterior…”.

Cottret, Biography, 180-181.



Calvino até mesmo acreditou que o Diabo, pelo menos em uma ocasião, ajudou a eliminar o mal de Genebra, “Para em Outubro de 1546 ele [o diabo] arribou por meio do ar (então o próprio Calvino testifica) um homem que estava doente com a praga e que era conhecido por sua má conduta e impiedade”.

Wendel, Calvin, 85.



A enteada e o Genro de Calvino estavam entre os muitos condenados por adultério.

Preserved Smith, The Age of the Reformation (New York, 1920), 174.



Em 13 de Fevereiro de 1546, Calvino escreveu a Farel, “Servetus me enviou um longo volume de seus delírios. Se eu consentir ele virá aqui, mas eu não darei a minha palavra, se ele vier e a minha autoridade tiver peso, eu não o deixarei sair vivo”.

Rolando Bainton, Hunted Heretic: The Life of Michael Servetus (Boston: The Beacon Press, 1953), 144; cited in Durant, Civilization, VI:481. See also John Calvin, The Letters of John Calvin (Carlisle, PA: The Banner of Truth Trust, 1980), 159.



No inicio do julgamento, que durou dois meses, Calvino escreveu a Farel, “Espero que a sentença seja a pena de morte”

John Calvin, dated August 20, 1553; quoted in Calvin, Letters.



O Conselho de Genebra consultou as outras igrejas da Suíça Protestante e seis semanas depois a resposta deles foi recebida: Servetus seria condenado, mas não executado. Contudo, sob a liderança de Calvino, ele foi sentenciado à morte sob duas acusações de heresia: Unitarismo (rejeição da Trindade) e rejeição do batismo infantil. Durant nos dá os detalhes horripilantes:

Ele pediu para ser decapitado ao invés de queimado; Calvino estava inclinado a apoiar este apelo, mas o ancião Farel…o reprovou por tal tolerância; e o Conselho votou que Servetus seria queimado vivo.

A sentença foi realizada na manhã seguinte, em 17 de Outubro de 1553…no caminho [à queima] Farel importunou Servetus a receber o favor divino confessando os seus crimes por heresia; segundo Farel, o homem condenado respondeu, “Eu não sou culpado, eu não mereci a morte”; e ele rogou a Deus o perdão de seus acusadores. Ele estava preso a estaca com correntes de ferro, e seu último livro foi preso ao seu lado. Quando as chamas alcançaram a sua face ele gritou com agonia. Após meia hora queimando ele morreu.

Durant, Civilization, VI:484.



Calvino disse que ele seria purificado desse anticristão “tom mordaz ridículo e zombador que nunca o deixaria”

Cottret, Biography, 78.



A acusação contra servetus:

Servetus [argumenta] que nenhum homem se torna nosso irmão a não ser pelo Espírito de adoção…somente conferido pelo ouvir da fé…Que presumirá… que [Deus] não pode enxertar as crianças em Cristo por algum outro método secreto….? Novamente ele objeta que as crianças não podem ser…nascidas pela palavra. Mas o que eu tenho dito de novo e de novo e agora repito…Deus toma seus próprios métodos de regenerar…consagrar crianças a si mesmo e iniciá-las por um símbolo sagrado…a Circuncisão era comum as crianças antes delas receberem o entendimento…Sem dúvida o projeto de Satã em atacar o pedobatismo [batismo infantil] com todas as suas forças é para…apagar essa atestação da graça divina….que desde o nascimento deles tem sido…reconhecido por Ele como seus filhos…

Calvin, Institutes, IV: xvi, 31.



Muitos que viviam nos tempos de Calvino reconheceram a perversidade de usar a força para promover o “Cristianismo”. A total aprovação foi deficiente, até mesmo aos amigos íntimos de Calvino.

Ferdinand Buisson, SebastienCastellion, Sa Vie son oeuvre (1515-1563) (Paris: Hachette, 1892), I: 354.



Repreendendo Calvino pela queima de Servetus, o Chanceler, Nicholas Zurkinden, um magistrado, disse que a espada era inapropriada para forçar a fé.

Letter from N. Zurkinden to Calvin, February 10, 1554, cited in Cottret, 227.



Alguns críticos argumentaram que a queima de Servetus somente encorajaria os Católicos Romanos da França a fazer o mesmo aos Huguenotes (70.000 foram abatidos em uma noite em 1572). Atingido por tal oposição, em Fevereiro de 1554, Calvino publicou um pesado ataque destinado aos seus críticos: Defensioorthodoxaefidei de sacra Trinitate contra prodigiosos errores Michaelis Serveti. Ele argumentou que todos aqueles que se opõem a verdade de Deus são piores do que os assassinos, porque assassinar mata meramente o corpo, enquanto a heresia condena a alma por toda a eternidade (isso era pior do que a predestinação de Deus a condenação eterna?), e que Deus instruiu explicitamente os Cristãos a matar os heréticos e até mesmo ferir com a espada qualquer cidade que abandonou a verdadeira fé:

Quem manter que é errado o que é feito aos heréticos e blasfemadores em puni-los [com a morte] torna-se cúmplice de seus crimes…É Deus quem fala e está claro que lei Ele teria mantido na Igreja até o fim do mundo…de modo que não poupamos nem parentes de sangue de ninguém, e esquecer toda a humanidade quando o assunto é combater para a Sua glória.

    W. Allen, History of Political Thought in the Sixteenth Century (London, 1951), 87.



Alguns críticos argumentaram que a queima de Servetus somente encorajaria os Católicos Romanos da França a fazer o mesmo aos Huguenotes (70.000 foram abatidos em uma noite em 1572). Atingido por tal oposição, em Fevereiro de 1554, Calvino publicou um pesado ataque destinado aos seus críticos: Defensioorthodoxaefidei de sacra Trinitate contra prodigiosos errores Michaelis Serveti. Ele argumentou que todos aqueles que se opõem a verdade de Deus são piores do que os assassinos, porque assassinar mata meramente o corpo, enquanto a heresia condena a alma por toda a eternidade (isso era pior do que a predestinação de Deus a condenação eterna?), e que Deus instruiu explicitamente os Cristãos a matar os heréticos e até mesmo ferir com a espada qualquer cidade que abandonou a verdadeira fé:

Quem manter que é errado o que é feito aos heréticos e blasfemadores em puni-los [com a morte] torna-se cúmplice de seus crimes…É Deus quem fala e está claro que lei Ele teria mantido na Igreja até o fim do mundo…de modo que não poupamos nem parentes de sangue de ninguém, e esquecer toda a humanidade quando o assunto é combater para a Sua glória.

    W. Allen, History of Political Thought in the Sixteenth Century (London, 1951), 87.



O Historiador R. Tudor Jones declara que esse tratado que Calvino escreveu em defesa da queima de Servetus, “é Calvino no seu mais frio…assustador em sua maneiracomo no trato de Lutero contra os camponeses rebelados”.

    Tudor Jones, The Great Reformation (Downer’s Grove, IL: InterVarsity Press, n.d.), 140.



Oito anos depois, Calvino ainda estava se defendendo contra as críticas e ainda estava defendendo a queima de Hereges. Em uma carta de 1561 ao Marquês de Poet, alto Mordomo do Reino de Navarro, Calvino aconselha severamente:

Não falhe em livrar o país desses canalhas zelosos que agitam o povo a se revoltar contra nós. Tais monstros deveriam ser exterminados, como eu exterminei Michael Servetus o Espanhol.

John Calvin to the Marquis de Poet, in The Works of Voltaire (Chicago: E.R. Dumont, 1901), 4: 89; quoted in Vance, Other Side, 95, who gives two other sources for this quote.



Um ano depois (somente dois anos antes de sua morte), Calvino justificou de novo a morte de Servetus, enquanto que ao mesmo tempo reconhecendo que ele era o responsável: “E que crime foi o meu se o nosso Conselho, sob minha exortação…se vingou de sua blasfêmias execráveis ?”

Schaff, History, 8: 690-91.



William Jones declara:

E com respeito a Calvino, é manifesto que …a mais odiosa característica em todo o multiforme caráter do papado aderiu nele por toda a vida – eu quero dizer o espírito de perseguição.

William Jones, The History of the Christian Church (Church History Research and Archives, 5th ed. 1983), 2: 238.



E agora?

Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. (Tiago 3:17)

Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele [Cristo] andou. (1 João 2:6).


O livro é JOÃO CALVINO ERA ASSIM, de Thea B. Van Halsema, um calvinista.

Um Hyper calvinista me disse que Calvino foi apenas omisso, não fez nada para que servetus fosse assassinado. Halsema menciona que dois meses antes de servetus ser preso, Calvino escreveu a Darem dizendo:

“Se ele [Servet] vier [à Genebra], eu nunca o deixarei escapar vivo se a minha autoridade tiver peso.” Halsema, João Calvino era Assim, pg 178.



Quem prendeu Servetus para depois ele ser executado?

Halsema responde:

“Era domingo. Esperava-se que todos os habitantes comparecessem a igreja. Servetus também foi. Alguém o reconheceu ali e contou a Calvino, o qual imediatamente pediu aos conselhos que prendessem o visitante. O secretário de Calvino Foi a prisão juntamente com Servetus, devido a regra de que o acusador teria que ficar na prisão, também, até que as suas acusações fosse provadas. O secretário se prontificou a ir no lugar de Calvino para que o trabalho diário de Calvino não fosse interrompido. ‘No dia 13 de Agosto de (1553)…Miguel Servetus foi reconhecido por alguns irmãos, e parecia conveniente fazer dele um prisioneiro para que o mundo não fosse mais infectado pelas suas heresias e blasfêmias, porquanto é conhecido como incorrigível’. Assim se registrou o fato nas atas do conselho da igreja” p. 181.



Quem preparou a acusação para a morte de Servetus? Halsema também confirma: Calvino. Vejamos:

“Calvino preparou um documento com trinta e nove acusações contra Servetus. O julgamento começou então. Continuou, intermitentemente, por dois meses e meio. Parte do julgamento consistiu nos escritos em latim entre Calvino e Servetus, e parte em argumentos face a face. Os libertinos tiveram gosto em ficar do lado do novo inimigo de Calvino. Ami perrin estava sentado na cadeira de presidente do pequeno conselho. Berthelier, outro líder libertino, era um funcionário durante as deliberações. O próprio Servetus, longe do choro e do servilismo demonstrados em Vienne, mostrava-se agora petulante e desdenhoso de Calvino. Parecia estar senhor de si. Lançava nomes a Calvino e tratava-o com menosprezo como se fora Calvino o acusado. ‘Criminoso, assassino, desgraçado, mentiroso, anão ridículo, …acha que tem a capacidade de ensurdecer os ouvidos dos juízos com seu latido de cão?’ era assim a sua linguagem.Calvino continuava a apresentar provas para fundamentar as suas trintas e nove acusações. Os dois homens argumentavam veementemente, no papel e em pessoa. Embora servetus fosse mais insultante e desdenhoso, Calvino também falava com raiva. Suas palavras cortavam como facas. Falava muitas vezes com aspereza. Calvino estava tomado de poderosa ira contra este homem que descaradamente negava que Cristo era eternamente Deus. Este era o homem que também arrogantemente asseverava que os homens nascem inocentes, que crianças não deviam ser batizadas, e que homens, não Deus decidem a sua salvação. Poderia tal herege blasfemo escapar a punição, quando milhares de protestantes fiéis estavam sendo queimados alhures? Servetus precisa ser punido. As leis da época o exigiam. Estavam impressas, o preto no branco, no Codex de Justiniano, o livro legal padrão ainda seguido no Santo Império Romano. Pelo crime de negar a trindade, rezava o Codex, a penalidade era a morte” (p. 182, 183).



Como o calvinismo pode arrogar para si uma perfeição julgando um homem pelo Códex de Justiniano? Quanto mais eu leio sobre calvinismo, mas me afasto dele.


Halsema, no entanto reconhece, “Mas o poder de setenciar Servetus não estava nas mãos de Calvino”.

Mas alguém negou isso aqui? Entretanto, a intenção de Calvino em que Servetus fosse morto encontra-se na descrição acima. Ele falava com raiva, ira, desejando a morte de uma pessoa.

Quem solicitou que a pena capital fosse mudada para decapitação ao invés da morte na fogueira? Van Halsema também confirma: Calvino. (veja como Calvino foi bonzinho). Mas Dan Corner menciona que Calvino tentou mudar a sentença pq quem era queimado era por heresia e quem era morto a espada era por ser um crime contra o estado. O que Calvino queria, na verdade, era omitir a morte por heresia. Mas continuemos.

Halsema confirma nestes termos: “contra a recomendação de Calvino, o pequeno conselho resolveu solicitar opiniões das igrejas e conselhos de representantes de quatro cidades suíças. O conselho tinha pedido tais recomendações anteriormente, com respostas inconseqüentes. Apoiados por uma provável repetição de respostas moderadas, o pequeno conselho poderia então libertar Servetus” (p. 187).

Ora, ora, Calvino se opôs ao fato do pequeno conselho solicitar opiniões as cidades pelo fato de que Servetus poderia ser solto, era? Puxa, como era bonzinho, hein? ELE QUERIA QUE A PENA DE MORTE FOSSE APLICADA IMEDIATAMENTE SEM PEDIR OPINIÃO DAS CIDADES.

Halsema continua: “mas desta vez, as respostas de Zurich, Bern, Basel e Schalffhausen foram surpreendentes – um abalo, mesmo, para os libertinos. Não havia nada moderado nas respostas. Cada conselho e cada igreja (CALVINISTA) denunciou servetus, afirmando que as suas blasfêmias precisavam ser cortadas antes que pudessem prejudicar ainda mais a igreja de Cristo. Em nossa cidade, disse Bern, a penalidade seria a pena de morte pelo fogo. A última das respostas chegou em genebra no dia 18 de outubro. Ami Perrin manobrou rapidamente. Primeiramente afirmou estar doente, para protelar uma decisão [PUXA, O LIBERTINO ERA MAIS PIEDOSO DO QUE OS CALVINISTAS]. Pediu então que o assunto fosse transferido para o conselho de duzentos onde os libertinos tinham mais força. Mas o pequeno conselho estava cioso dos seus poderes e não entregaria o caso [ou seja, não deixaria Servetus viver]. Estava pronto para sentenciar Servetus [quais os crimes?]. Pelo crime de negar a Trindade e o crime de se opor ao batismo de crianças e por que ‘V. obstinadamente tem infectado o mundo com o seu veneno herético e mal-cheiroso, …nós agora damos por escrito sentença final e condenamos, Miguel Servetus, a ser amarrado e levado a Champel e ali afixado numa estaca e queimado com seu livro até as cinzas’”.

Sendo assim, os calvinistas se utilizaram das regras católicas romanas para matar um homem! Vejamos mais o relato do calvinista, mas sincero, Halsema:

“Foi este o veredicto do pequeno conselho. Foi um veredicto unânime porquanto até os libertinos perceberam que não poderiam ignorar as opiniões de quatro cidades influentes. Calvino ouviu a sentença e imediatamente pediu ao conselho que substituísse a estaca pela espada, porquanto a decapitação era mais misericordiosa do que a queima na estaca [até parece que não iriam matar um homem de qualquer jeito]. Mas o pequeno conselho, rápido para recusá-lo, recusou-lhe esse pedido também. Servetus ouviu o veredicto na sua cela imunda na prisão. Ficou tão abalado que ‘gemeu como um louco’ por horas seguidas. Ficou quieto então, quase humilde, embora continuasse firma nas suas crenças. Calvino foi visitá-lo. Servetus pedui-lhe perdão. Calvino respondeu, instando com ele como tinha feito anteriormente: ‘creia-me, jamais tive a intenção de processá-lo por causa de alguma ofensa pessoal contra mim [só contra a trindade vc vai morrer]. Há dezenove anos, colocando em perigo a minha vida, quis encontrar-me com V. em Paris para ganhá-lo para o nosso Senhor. E depois, quando V. vivia como um fugitivo, quis novamente mostrar-lhe o caminho certo pelas minhas cartas até que V. começou a odiar-me por causa da minha firmeza…mas…peça perdão ao Deus perene que V. blasfemou…seja reconciliado ao Filho de Deus, …ao Salvador”.

É, peça perdão a Deus, pq vc vai morrer! E quem preparou a acusação? Calvino. Halsema conclui: “com seu livro amarrado ao braço, seu corpo acorrentado a estaca, Servetus morreu nas chamas na colina Champel. Tinha quarenta e dois anos de idade. Era 27 de outubro de 1553”.

Dan Corner menciona que puseram madeira verde para ele ser queimado. Então as informações divergem, umas fontes dizem que Servetus passou 30 minutos pra morrer e outras fontes mencionam 3 horas de agonia.

Imagina quase no aniversário da reforma protestante.


Mas Halsema é calvinista e tenta se desculpar afirmando que Calvino não decidiu na morte de Servetus e entra em grande contradição, nestes termos:

“Assim morreu o homem cujo nome estaria para sempre vinculado ao de Calvino. Estaria ligado por causa do fogo, embora Calvino tivesse sido a única pessoa a fazer um apelo contra o uso da estaca. A decisão de matar Servetus não tinha de sido de Calvino e nem foi motivada pela sua forte influência. O veredito foi do pequeno conselho de Genebra, pelo aconselhamento de cidades irmãs. Estes fatos nem sempre são lembrados” (p. 188).

Lembra da carta que Calvino escreveu a Farel dizendo que se Servetus viesse a Genebra e a influência de Calvino tivesse peso, servetus não sairia vivo? Lembra de quem denunciou Servetus para que ele fosse preso? Lembra quem preparou a acusação para que ele fosse condenado pelo conselho? Pois bem, Calvino! Halsema entra contradição com as próprias informações que ele veicula! Mas ele mostra sinceridade com estas palavras:

“mas Calvino havia participado na morte de Servetus. Tinha pedido aos conselhos que prendessem o espanhol. Tinha feito acusações contra ele. Tinha debatido perante o pequeno conselho para provar que as heresias deste homem estavam ameaçando a igreja de Cristo. E apesar de Calvino não ter participado na sentença, ele a aprovou, embora não pelo fogo. Calvino o chamava: ‘O Herege…autocondenado’. escreveu até um pequeno livro defendendo a pena de morte”.

Puxa, calvinista sincero, não?

Mas Halsema conclui dizendo coisas bombásticas sobre este episódio:

“Hoje existe uma pedra no lugar onde Servetus morreu. Foi colocada ali muitos anos depois pelos seguidores de Calvino. Há uma inscrição francesa na pedra: ‘como filhos reverentes e agradecidos de calvino, nosso grande reformador, repudiando seu erro, que foi o erro de sua época, e, de acordo com os verdadeiros princípios da reforma e do Evangelho, apegando-nos a liberdade de consciência, erigimos este monumento de reconciliação neste 27º dia de outubro de 1903’. Olhando para trás da plataforma deste século vinte, lamenta-se que Calvino, na maneira de tratar Servetus, tenha agido como outros homens do seu tempo [leia-se papistas inquisidores]. Lamenta-se, especialmente, porquanto nos seus escritos nos seus atos Calvino estava muito além da sua época, apontando o caminho para a tolerância e a liberdade, a separação entre a igreja e o estado, ao direito de cada homem crer em Deus conforme a sua consciência” (p. 189).

Quer ver o monumento na colina Champel onde Servetus foi assassinado? Acesse aqui:

www.miguelservet.org/iconografia/champel.htm

Foi realmente um grande pecado, assassinato.


Mas Halsema conclui dizendo coisas bombásticas sobre este episódio:

“Hoje existe uma pedra no lugar onde Servetus morreu. Foi colocada ali muitos anos depois pelos seguidores de Calvino. Há uma inscrição francesa na pedra: ‘como filhos reverentes e agradecidos de Calvino, nosso grande reformador, repudiando seu erro, que foi o erro de sua época, e, de acordo com os verdadeiros princípios da reforma e do Evangelho, apegando-nos a liberdade de consciência, erigimos este monumento de reconciliação neste 27º dia de outubro de 1903’. Olhando para trás da plataforma deste século vinte, lamenta-se que Calvino, na maneira de tratar Servetus, tenha agido como outros homens do seu tempo [leia-se papistas inquisidores]. Lamenta-se, especialmente, porquanto nos seus escritos nos seus atos Calvino estava muito além da sua época, apontando o caminho para a tolerância e a liberdade, a separação entre a igreja e o estado, ao direito de cada homem crer em Deus conforme a sua consciência” (p. 189).

Meu Deus!!! Halsema se diz filho agradecido de Calvino mas que repudia o seu ato!

O que Farel fez diante da morte de Servetus? Eis a atitude:

“Farel caminhou ao lado do homem condenado e manteve uma constante enxurrada de palavras, em completa insensibilidade ao que Servet pudesse estar sentindo. Tudo que ele tinha em mente era extorquir do prisioneiro um reconhecimento de seu erro teológico – um chocante exemplo de uma desalmada cura de almas. Depois de alguns minutos disso, Servet cessou de responder e orou silenciosamente para si mesmo. Quando eles chegaram ao local de execução, Farel anunciou a multidão que assistia: ‘Aqui você vê o poder que Satanás possui quando ele tem um homem em seu poder. Este homem é um distinto estudioso e ele no entanto acreditava que estava agindo corretamente. Mas agora Satanás o possui completamente, como ele poderia possuir você, cairia então você em suas armadilhas.” – The Heretics, p. 327.

O evangelho é superior a épocas, pois na época de Calvino já existiam esses textos bíblicos:

Mateus 5:44

Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;

Mateus 5:46

Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?

Lucas 6:27

Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam;

Lucas 6:32

E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam.

Lucas 6:35

Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.

O que a Genebra calvinista fez e depois DORT está debaixo desse texto bíblico:

1 Pedro 3:10

Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, E os seus ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.

Se fizeram de juízes:

Romanos 12:19

Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.

Hebreus 10:30

Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.

Quem quiser salvar fique a vontade. São 7 partes. É amigos, é muito fácil para os hiper calvinistas jogar pedra no telhado dos outros, mas não percebem que têm o telhado de vidro.

Por Walson Sales.



***


Não se deixe enganar... 



Fique forte na rocha, 



JESUS CRISTO é a rocha verdadeira!

Anderson RS - fortenarocha@gmail.com

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